Você já ouviu falar no Protocolo 5-3-8?
Baseado em fazendas que estão entre os Top Rentáveis do Instituto há mais de 3 anos e que entregam ótimos resultados econômicos, saberemos como funciona o processo, a liderança e como poderemos aplicá-lo dentro da nossa realidade. Partimos do contexto que sempre é possível ser melhor, inclusive podemos melhorar os resultados.
Objetivo: Ampliar a visão, potencializar a gestão e multiplicar os resultados;
Consciência: Gastar por cabeça/mês 6% o valor da arroba por 100g de ganho;
Ainda devemos considerar a métrica mais importante que é a distância, entre o que é e o que deveria ser. A fazenda está no limite da nossa competência, por estar onde conseguimos fazer ela chegar, ou seja, não podemos nos conformar ou estagnar, e sim crescer em coisas novas, sendo abertos para o aprendizado.
Equação inicial: C² (coleta e controle) X M (monitoramento) X G (gestão)
Coleta = pode ou não ser automática, mas refere-se à anotação de dados, por exemplo o sal do cocho, eventuais mortes, despesas, inputs (entradas). Para que tenhamos os dados do controle, é necessário que anotemos todas as informações pertinentes;
Controle = valores de consumo, mortalidade, desembolso cabeça/mês e outros, são baseados na coleta;
Monitoramento = é calculada através da referência e o que de fato ocorreu e qual esta diferença;
Gestão = tomada de decisão, que esteja condizente com nossos objetivos.
Na parte prática, precisamos obter o resultado de 4 a 9% sobre o valor da terra e 20% no valor que equivale ao gado. Para isso, temos nosso protocolo, que envolve todas as áreas que necessitamos ter conhecimento: gente, gestão e produção.
Gente
- Liderança: auxiliar nas metas, mas cuidar para que as pessoas estejam satisfeitas;
- Valores Positivos;
- Propósito: precisa ter significado o trabalho, precisa inspirar;
- Domínio: fazer bem feito;
- Autonomia: sentir verdadeira participação na sua atuação.
Gestão
- Projeto: com relação de vendas previstas, relação de receita, relação de despesas, relação de serviços que serão feitos e quando;
- Execução: na execução relembramos que não existe óbvio pois tudo precisa ser dito, também, sua visão deve ser mais longe que seu braço;
- Acompanhamento: precisamos observar o resultado (delegar) e tê-lo como foco e não a tarefa (delargar) em si para que tudo seja feito de forma acompanhada, devemos ser diretos e retos, investigar se foi executado o que estava combinado e fazer a pergunta mais poderosa de um líder: Qual a sua opinião?
Produção:
- Manejo de pastagens: escolher em ponto de engorda, ou seja, encontrar a altura requerida por determinada forrageira e conhecer o método de pastejo rotatínuo de forma alternada;
- Suplementação: realizada de acordo com a necessidade da categoria,
- Fertilização estratégica: biofertilizante, composteiras, adubações potencializadoras e outros;
- Estratégia de entressafra: em secas ou geadas, precisamos nos planejar de acordo com a época do ano para que os resultados não caiam nessa fase, as fazendas top rentáveis possuem estocados 500kg de MS para cada UA;
- Layout da propriedade: precisamos pensar nele de uma forma inteligente, fazer sugestões que agreguem a ela, facilitar a logística e o acesso a mesma;
- Reprodução e genética: é essencial, capaz de aproveitar melhor os recursos, possui o investimento de maior benefício-custo;
- Sanidade: nosso “espanhol”, temos a percepção de que o entendemos ou sabemos, mas na verdade precisamos buscar ainda mais;
- Ambiência e bem-estar.
Consideramos que deve-se olhar antes de tudo o desempenho individual para depois partir para o coletivo. Lembrando sempre do limite do orçamento para cada tipo de criação, cria: 60% do faturamento, ciclo-completo 75% do faturamento e recria-engorda 20% do faturamento, no caso da reposição com metade do dinheiro gasto após a mesma. Devemos vender (no mínimo) por hectare/ano: cria – 0,3 cabeças/ha/ano, ciclo completo – 0,6 cabeças/ha/ano, recria e engorda – 1,3 cabeças/ha/ano.
Além dos pilares de gestão, enxergamos a necessidade de dividir camadas da visão, são elas:

Linha do olho: envolve o que podemos ver dentro da fazenda como altura de pasto, escore de fezes e etc., ou seja, os fatores físicos. Podemos visualizá-la pelo aplicativo;
Linha do meio: mensal e trimestral, engloba indicadores que devem ser acompanhados nessa frequência para que haja um bom controle, como desembolso por @ e GMD;
Última linha: são números anuais e trimestrais como resultado ha/ano e resultado sobre o valor da terra, ambos podendo ser analisados pela Resultta e Bi.